ROMA (Reuters) - O Coliseu de Roma estava visivelmente mais limpo nesta sexta-feira, quando a Itália exibiu com orgulho a fase mais recente da restauração de um de seus pontos turísticos mais famosos.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, discursando em um palco montado no anfiteatro criado para exibir lutas de gladiadores quase dois mil anos atrás, louvou o projeto de limpeza gigantesco como um exemplo de proteção da vasta herança cultural do país.
Os monumentos italianos foram negligenciados durante décadas em meio a um quadro de financiamento governamental declinante e acusações de má administração que colocou em risco alguns dos 51 locais tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônios da humanidade.
Entre eles está o Coliseu, cuja manutenção estava abandonada até que a marca de calçados de luxo Tod prometeu doar 25 milhões de euros para restaurá-lo cinco anos atrás.
O projeto correu perigo de ser cancelado depois de ser escrutinado por organismos reguladores e sindicatos, principalmente por causa da concessão do contrato de restauração, mas a limpeza da fachada do anfiteatro, que exigiu cobrir partes da estrutura com andaimes, agora está completa.
Renzi, de pé sobre um piso acima das jaulas onde leões e outros animais selvagens eram soltos durante as lutas de gladiadores, elogiou o investimento privado em um local que atrai 6 milhões de visitantes por ano.
"Alguém que tirou a carteira para fora e assinou um cheque grande mostrou que talvez a ideia de que as coisas não acontecem na Itália acabou", afirmou o premiê.
O trabalho de restauração vai agora concentrar-se no interior do Coliseu, com reparação das passagens e abóbadas subterrâneas e a construção de um centro de visitantes.
(Por Isla Binnie)
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